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Fonte: site da UJS |
Estudo divulgado pelo Ministério da Justiça demonstra que duas em cada três mortes violentas atingem a população jovem.
O Ministério da Justiça divulgou na última semana o estudo Mapa da Violência 2011 – Os Jovens do Brasil, elaborado pelo Instituto Sangari e coordenado pelo Sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz. No documento, um dado que há muito tempo se repete e que ainda não teve solução: o alto índice de mortes violentas dos jovens. Apesar da contenção do crescimento constante de homicídios em 2003 via políticas de prevenção, os “índices permanecem ainda extremamente elevados, tanto quando comparamos nossos indicadores com os de outros países do mundo quanto na percepção e temores da população sobre sua própria insegurança”. A informação mais alarmante, no entanto, é a de que dois em cada três mortes violentas são de jovens.
A juventude é maioria nas três principais causas de morte violenta – homicídio, suicídio e transporte. Em 2008, último período analisado pelo Mapa, 39,7% dos assassinatos vitimaram pessoas entre 15 e 24 anos. Nessa mesma faixa etária, o Brasil perdeu 19,3 de sua população no trânsito. O estudo aponta ainda uma interiorização da violência, com as capitais diminuindo seus índices (-2,8% aa), em contraposição às cidades mais afastadas, que apresentaram alta de mortalidade juvenil (3% aa).
Outro ponto a salientar é a queda no número absoluto de homicídios na população branca e de aumento na população negra. De 2002 a 2008, o número de vítimas brancas caiu 22,3%, enquanto 20,2% a mais dos jovens negros morreram assassinados. Segundo os Índices de Vitimização Negra (relação entre as taxas de brancos e de negros) definido pela pesquisa, em 2008 morreram 103,4% mais negros que brancos.