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Apresentando os clássicos da Sociologia: da esquerda para a direita: Karl Marx, Èmile Durkheim, Max Weber e Florestan Fernandes

terça-feira, 4 de outubro de 2011

LUGAR DE POLÍTICA É NA ESCOLA!

Escola também é lugar para falar sobre política!

No contexto geral das escolas brasileiras, o ensino e a promoção de atividades ligadas à política ainda caminham de modo confuso. Os desdobramentos dessas falhas no ensino, e, principalmente, suas causas são apontadas pelo professor Mário Sérgio Cortella, da Pontifícia Uni­versidade Católica de São Paulo (PUCSP), que vê problemas semelhantes na educação de uma geração anterior. “O erro começa quando se tenta impor esse assunto. O importante é aprender as noções de comunidade e isso tem início na prática”, afirma Cortella. É justamente a ideia de co­­munidade que deve ter o lugar central no debate nas escolas, de acordo com o professor. Para ele, mais do que ensinar o funcionamento do estado e da administração pública, a necessidade é promover o convívio e o respeito recíproco como pontos comuns dentro dos componentes curriculares já existentes. “Esses elementos não devem vir como o que hoje está disseminado como conteúdos ‘extracurriculares’. Isso dá a ideia de um penduricalho, algo à parte da educação”, diz ele.
O professor ensaia algumas explicações para esta carência na educação brasileira. O fato de a democracia ainda ser muito recente no país, assim como o equívoco de reduzir o tema apenas à questão partidária seriam alguns dos frequentes tropeços dados pelo Brasil no tema. Como consequên­cia, muitas vezes a escola acaba por afastar crianças e jovens do assunto – distância que em vários casos se mantém por boa parte da vida adulta.
Um dos maiores especialistas no assunto educação e política, o filósofo Mário Sérgio Cortella, professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUCSP), considera que alguns problemas ainda insistem em travar o bom diálogo sobre política em sala de aula. Em entrevista à Gazeta do Povo, ele aponta alguns dos principais, como o tratamento errado dos termos política e cidadania.
Tratar de política dentro da escola ainda é algo pouco comum no Brasil. É possível determinar os principais motivos disso?
Em primeiro lugar, temos uma democracia ainda muito jovem. O país tem 511 anos e sua democracia plena não tem nem 25 anos, sendo seu marco a Constituição de 1988. Durante esse tempo, tivemos momentos rarefeitos de inclusão da sociedade nas decisões. E um modelo com participação restrita acaba tendo reflexos dentro da escola, onde o debate sobre esses temas acabava não acontecendo. Se formos lembrar, a geração anterior teve aulas de Educação Cívica, que eram impostas e se tornaram indesejadas. Com isso, os pais dos alunos de hoje também valorizam pouco a discussão da política no cotidiano.
Fonte: Gazeta do Povo Publicado em 04/10/2011 | LUIZ FELIPE MARQUES

4 comentários:

BLOG DO MARIO JOSÉ disse...

Dei uma passada rápida pelo teu blog e gostei. Recheado de assuntos interessantes. Volto com mais calma. Mario (amadigi1948.blogspot.com

Professor Carlos disse...

Olá Professor Mário José Amadigi, ex-Prefeito da cidade de Querência do Norte.
Saiba que sempre fui um admirador da sua atuação como Prefeito e como Professor. Espero qualquer dia poder reencontrá-lo para uma boa conversa.Um grande abraço. Lembranças para o Fausto.
obs: Também gostei do teu blog!

romario disse...

olá professor achei interessante essa matéria e do blog. Mas acho que deveria ser debatido mais nas escola política. acho que isso vai ajudar a formar cidadães conscientes sobre seus direitos e deveres.

Professor Carlos disse...

Olá Romário,
Primeiro eu quero te parabenizar pelo seu interesse em política, eu como vc comecei a me interessar por Política ainda muito jovem, comecei participando do Movimento Estudantil, participei da fundação do Grêmio Estudantil Florestan Fernandes, fui secretário geral e depois Presidente por dois anos e confesso que me ajudou bastante na minha formação política. Quanto a sua opinião eu tb concordo, acredito que a Política precisa voltar a fazer parte do ideário do jovem, e o ambiente escolar pode sem sombra de dúvida ser esse caminho para despertar no jovem o interesse e principalmente a sua participação, somente dessa forma estaremos contribuindo absolutamente para a verdadeira emancipação política tornando-o um cidadão pleno, conhecedor de seus devers e dos seus direitos.