by GABRIEL MALLET MEISSNER
Sou um grande entusiasta do uso da tecnologia para fins pedagógicos, com o objetivo de facilitar o aprendizado e estimular a inclusão digital. Ao mesmo tempo, fico preocupado com a febre que vê na tecnologia uma panacéia para todos os males. Isso está acontecendo no Brasil e é urgente discutirmos em que casos novos recursos tecnológicos podem, de fato, exercer impacto positivo sobre a educação e em quais isso seria apenas uma maquiagem tecnológica, igual a maquiagem verde/ greenwashing que muitas empresas fazem para parecer mais sustentáveis e “ficar bem” na opinião dos consumidores. (...)
O raciocínio é simples. Se um aluno não consegue aprender com um livro em papel, ler o mesmo livro em formato digital não representa ganho algum. Vai continuar sem aprender. Se os tablets forem implantados na rede pública sem se refletir qual seria a melhor metodologia para que o seu uso realmente faça alguma diferença, será puro ouro de tolo. Para isso, seria muito necessário que o Ministério da Ciência e Tecnologia e o Ministério da Educação trabalhassem em conjunto para discutir uma reforma pedagógica para incluir novas tecnologias eficientemente. (...)
Isso vale para qualquer outro recurso tecnológico que seja adotado pelas escolas públicas, não somente tablets. É perigoso nos deslumbrarmos com novas tecnologias e vermos nelas uma solução definitiva para qualquer problema, sem questionarmos o cenário de um ponto de vista mais amplo e profundo.
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5 comentários:
Prometer uma melhora de 22% á 53% em um indice enem por prazo de um ano acho que ja é uma prova da ilusão que voces passam
Obrigado pela sua participação no blog, sua atitude demonstra que você está preocupado com os novos rumos que o CEP vai tomar a partir do dia 23 de novembro.
Uma gestão responsável e comprometida com a qualidade da Educação Pública deve estar pautada na preocupação com a entrada do aluno na Universidade e no mundo do trabalho. Deve ter como parâmetro, para suas ações, a clareza e a transparência dos indicadores educacionais no intuito de trabalhar com foco e metas ousadas. Por exemplo, no caso do ENEM, não é nenhuma ilusão alcançar o índice de 53% de participação, já que várias escolas de Paranavaí e região obtiveram tal índice, ultrapassando a casa dos 50%, como é o caso da Unidade Pólo e do Colégio Leonel Franca. Portanto gostaria de convidá-lo (a) para ouvir atentamente as nossas propostas, que tem como prioridades a valorização, a determinação e principalmente o sucesso para os nossos alunos, porque eu sempre estudei em Escola Pública e consegui entrar numa Universidade Pública de qualidade e evidentemente eu desejo isso a todos os estudantes do CEP.
UM ABRAÇO E SAUDAÇÕES A QUEM TEM CORAGEM, NÓS APENAS COMEÇAMOS (Frase do Renato Russo)
Professor Carlos, pq vc faz questão de citar que estudou em escola pública? eu estudo atualmente no colégio Estadual, mas estudei o ensino fundamental em escola particular, isso me torna inferior ou mais privilegiada em comparação aos alunos que sempre estudaram em escola publica?
Eu não acho que eu esteja superior pelo fato de ter estudado em escola particular, na minha opinião quem faz o bom aluno não é somente a escola e sim ele próprio e seus interesses...
Bjooos *-*
Caro Anônimo,
Primeiro obrigado pela sua participação no blog.
Bem, historicamente a educação tem sido um privilégio de poucos, somente as classes mais abastadas é que tinham acesso aos melhores cursos e as univeridades.
No Brasil, esse cenário tem avançada muito lentamente, mas temos que reconhecer que a partir da gestão do ex-presidente Lula, o acesso foi universalizado e ampliado, ou seja, mais estudantes das escolas públicas passaram a entrar nas universidades, pois vários programas foram criados para propiciar tais condições.
Tenho citado minha trajetória na Escola Pública durante as apresentações com bastante ênfase, simplesmente porque estudei numa Escola pública, muito carente de recursos, mas foi a escola que me proporcionou a entrada, minha e de muitos dos meus colegas na Universidade, por isso, eu quis compartilhar com vocês que é possível ter uma educação de qualidade na escola pública, porque hoje temos mais condições do que no passado.
Concordo com você quando diz que quem faz o aluno não é somente a escola, mas me permite acrescentar, quem faz o aluno é a família, a escola e a sociedade da qual ele faz parte. Não tive em nenhum momento a intenção de diminuir aqueles que estão na escola privada ou como você que já estudou em uma, porque se você estudou foi poque teve a oportunidade enquanto muitos não terão e isso é a lógica do sistema capitalista. Infelizmente, ainda é pequeno o número de estudantes de escola pública que conseguem entrar nas universidades. Vamos fazer a nossa parte enquanto gestores e a parte do aluno fica com o aluno. Para finalizar, eu quero novamente agradecer e convidá-lo(a) para conversar porque eu gostei bastante do seu questionamento, ele demostra que você é uma pessoal crítica e inteligente, até mais.
Obrigada pelo esclarecimento, é realmente o ensino superior ainda é uma realidade para poucos (uma pena), dentro da nossa instituição temos profissionais capacitados e dispostos a ajudar, infelizmente ainda existem alunos desinteressados e professores sem metodologia...
Eu acredito na Educação Pública =)
Tenha uma ótima noite Professor bjos
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